
Com o início da nona geração dos consoles vieram também as expectativas sobre as capacidades dos consoles Playstation 5 e Xbox Series S/X. Teraflops, gráficos fotorrealistas, processadores incríveis e SSD podendo levar os jogadores para um nível de qualidade muito próximo aos melhores PCs gamers da atualidade.
Mas e aí, um ano e meio depois, eles atenderam as expectativas? No que se refere aos jogos, não vimos nada de novo. Diferentemente das gerações anteriores, esses aparelhos não usaram jogos Triple A para alavancar as vendas iniciais. Quando seus antecessores foram divulgados, logo anunciaram também jogos exclusivos que mostravam o que poderíamos esperar dessas máquinas.
Games como “Uncharted 4”, “Ryse: Son of Rome” e “Killer Instinct”, nos instigavam e muito a comprar os videogames que até a metade dessa geração nos trouxe muitos lançamentos incríveis, “Overwatch”, “The Witcher 3”, “Gears 5” e por aí vai.
Porém, na geração One /PS4, iniciou uma onda de Remakes/Remasters de jogos, que na parte financeira foi excelente para os fabricantes, pois encheu os cofres das distribuidoras que pegaram os jogadores pela nostalgia. Alguns remakes foram sensacionais, destacou-se o Final Fantasy VII, que teve seu gráfico e jogabilidade perfeitamente adaptados para a tecnologia atual.
Entretanto, diferentemente do clássico da Square Enix, que ganhou sua repaginação depois de 23 anos, muitos jogos tiveram seu remaster muito pouco tempo depois do seu lançamento original, por exemplo, a versão de PS4 de The Last of Us (2014) saiu apenas um ano após da versão de PS3 (2013).
Com muitos títulos lançados nesse sistema, os jogadores têm a sensação de estar jogando os mesmos jogos de antes, empobrecendo as inovações da geração. E o que isso tem a ver com os videogames atuais? Um ano depois, os consoles não lançaram nenhum jogo expressivo, nenhum jogo que justifique a compra.
Na prática, na data desta publicação (FEV/22), quem comprar o console da Sony, provavelmente, vai jogar Demon´s Souls, Uncharted Collection e se esperar até o final do mês, Horizon Forbidden West. Com exceção do último, todos são remasterizações.
Novos recursos
Já as inovações dessa geração são inegáveis. Uma das principais é deixar de usar discos rígidos, os conhecidos HD´s, para usar a memória SSD. Esse dispositivo, aliado com processadores poderosos, permite os aparelhos funcionarem com uma velocidade incrível, reduzindo tempo para inicialização dos aparelhos, dos jogos, e das telas de loading.
O Xbox Series X/S, por exemplo, pode virar um “computador gamer”. Ao conectar mouse e teclado, você pode jogar alguns títulos com esses dispositivos. Pode também navegar pela internet via browser, assim podendo acessar o google drive, criar documentos e etc. Ainda sobre digitação, ao conectar fone de ouvido, o teclado permite que o usuário dite o que vai ser escrito e o programa insere pontuações.
Até o modo como os jogos são distribuídos estão mudando. A Microsoft oferece o Xbox Game Pass Ultimate, que permite jogar os jogos via PC e celulares e além disso, disponibiliza uma “Netflix dos jogos”, um catálogo com mais de 100 jogos que o usuário baixa e joga. Além disso, jogos feitos pela Microsoft Studios fica disponível para download sem nenhum custo adicional para os assinantes
Mas e aí compensa?
Mesmo com poucos títulos lançados até o momento, estamos diante de excelentes máquinas e que certamente terão títulos de peso aos seus catálogos. Será uma geração com menos loadings, e que certamente irão sedimentar o caminho dos consoles que terão apenas mídias digitais, basta ver o quão bem vão as vendas do Series S e o Playstation 5 All Digital.
Quer seja pelas inovações tecnológicas, ou pelo catálogo, temos bons aparelhos e que atendem várias faixas de valores, que vão de cerca de R$2.700,00 do Series S até R$7.600,00, do PS5 ou Series X.